Um blog?

Essa não foi minha primeira tentativa de um site pessoal, mas acho que será um projeto de longo prazo. Meu site antigo era um blog feito em Ghost que era uma ideia interessante, mas não funcionou para mim. E eu acho que foi um problema de origem (ou de conceito).

Um blog, na minha opinião, ainda é um forma de Fast Web, onde a internet é projetada para

apelar às mais básicas das nossas paletas intelectuais, o sal, o açúcar e a gordura dos conteúdos online. É a web de larga escala, rígida e rápida. É a web “crie um destino para bilhões de pessoas”. A web “você tem duzentas e vinte e seis novas atualizações”. Acompanhe ou suma daqui. Clique em mim. Curta-me. Tweet. Compartilhe-me.

Citação retirada do Manual do Usuário

Meio exagerado dizer que blogs seguem essa lógica? Talvez. Acho que tem muitas boas excessões. Alguns blogs não são exatamente pensados para atrair multidões. Mas me parece que existe uma diferença clara entre blogs e jardins digitais: os blogs querem ser lidos. Os jardins digitais, não.

Na verdade, não…

Jardins digitais são espaços de aprendizagem. Eles podem ser lidos publicamente. Mas não projetados para isso. Em geral, blogs tem artigos, ensaios e outros tipos de textos organizados em ordem cronológica e prontos para serem lidos.

Jardins digitais são blocos de notas públicas. Incompletos, inconclusos e cultivados ao longo do tempo (grow). Por isso a analogia com jardinagem. Uma nota aqui pode estar mais desenvolvida amanhã, conforme mais ideias evoluem.

Na verdade, o que eu quero é um espaço para mim. Para registrar meus aprendizados, escrever para mim mesmo. Tenho lido que escrever é a melhor forma de aprender. Registar o que se aprende ajuda a fixar os conhecimentos. E, por que não, que isso seja feito público? Sempre aprendi muito com sites pessoais. Além da vantagem de poder compartilhar uma nota com alguém eventualmente se eu quiser, quiçá alguém tire proveito também dessas notas.